segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Você gosta do cheirinho do CARRO NOVO? Então leia sobre isso...

Para evitar doenças ocupacionais o serviço de engenharia de segurança e medicina do trabalho na indústria automobilística tem o cuidado de proteger os trabalhadores em relação ao contato direto com produtos nocivos empregados na manufatura do interior dos veículos, como cola, tintas, vinil, lubrificantes, vernizes, plásticos, impermeabilizantes, etc., sendo a maioria derivadas do petróleo. Daí a necessidade de utilização de equipamentos de proteção individual e coletiva.

Quando o veículo é finalizado, o acabamento interno do veículo emana um odor constituído de uma mistura de vapores de substâncias como acetona, estireno, xileno, benzeno e tantas outras procedentes dos vários materiais ali usados. Essa é a principal composição do afamado “cheiro de carro novo”. Algumas pessoas afirmam que proporciona prazer, para outras desencadeia doenças das vias respiratórias, irritações na pele, olhos, mucosas e que a médio e longo prazo podem se tornar carcinogênicas. Quando o veículo é lançado no mercado, esses perigos à saúde não são informados para quem compra.

A sensibilidade varia de indivíduo para indivíduo, considerando idade, sexo, raça, fatores genéticos, particularidades nutricionais e doenças pré-existentes que influenciam o aparecimento de enfermidades. O indivíduo pode passar a sofrer de alergias, cefaléia, tonteira, mal estar e problemas respiratórios, alertando para o fato de causar nas gestantes alterações no desenvolvimento fetal.

É importante salientar que pesquisas feitas na Austrália evidenciaram em alguns modelos de veículos, 64.000 microgramas desses produtos voláteis por metro cúbico, muito acima dos 500 tolerados. Esses vapores permanecem ativos por longo período, caindo a concentração em 60% após 30 dias de uso do veículo.

Sem dados estatísticos, é bastante difícil relacionar os sintomas acima mencionados com o cheiro do espaço interno do carro. Portanto, fique atento com o cheirinho prazeroso do seu automóvel!


Como alguns desses produtos podem atuar em nosso organismo:
Benzeno: Pode provocar edema pulmonar, causar irritações nos olhos e nas vias respiratórias. Ocasionar narcose e excitação seguida de sonolência, tonturas, cefaléia, náuseas, taquicardia, dificuldade respiratória.
Acetona: Irritante das mucosas, interfere sobre o sistema nervoso central, reduz frequencia cardíaca e abaixa a temperatura corporal.
Estireno,Tolueno e Xileno: Alteram o sistema nervoso central, prejudicam o desenvolvimento fetal), interferem na coordenação motora e memória. Reduzem a concentração.


É claro que não precisamos entrar em pânico e nem usar máscaras ou qualquer outro equipamento de proteção. Devemos sim saber que compostos orgânicos aromatizados estarão presentes em grande concentração quando você comprar um veículo OK. A emissão desses vapores ficará bastante reduzida após aproximadamente seis meses de uso. Nossa preocupação deverá ser em relação à ventilação do interior do veículo e atenção com a sua sensibilidade e a dos passageiros do veículo. Observar indícios, sintomas principalmente em crianças, gestantes, portadores de doenças e idosos.

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