Durante esta semana assistimos e ouvimos muitas notícias sobre as informações contidas na caixa preta do Airbus A 320 da TAM, acidentado no dia 17 de julho. Por vários momentos senti um nó na garganta e uma vontade de chorar... Em alguns, chorei! Às vezes, durante o dia ou à noite, meus pensamentos misturam-se às imagens vistas nos noticiários, às visões das famílias e dos amigos de todas aquelas vítimas que desapareceram naquele acidente terrível! Sem perceber coloco-me no lugar das pessoas que vivenciam essa tragédia, como se estivesse vivendo um pouco o drama de cada uma. Sempre encarei esse meu sentimento como uma maneira de exercitar uma compreensão maior e superação em relação a tudo que me cerca... Tenho pensado muito sobre o fato de todos nós, depois de uma fatalidade como a que ocorreu, termos que continuar a viver sem o contato com o ente querido que se foi...
A nossa vida é como se fosse uma grande teia, tecida de finos fios, que podem ser dourados, prateados, azuis, vermelhos, amarelos, tirados do arco-íris, fios aveludados... mas que podem tornar-se negros e ásperos... Cabe a nós usarmos toda a energia de amor que possuímos, para tecê-los com sabedoria, com firmeza e de forma única, como um invólucro seguro! Essa teia é a nossa proteção e nela também abrigamos e protegemos nossa família e todos aqueles que nos são especiais. Mas apesar de todos os cuidados ela torna-se frágil e vulnerável às circunstâncias externas e aí, a teia se rompe, pois os fios não são suficientemente fortes para impedir que forças extremas a atinjam. Felizmente, a destruição nunca é total, deixando-nos a oportunidade de reconstruí-la, de recomeçar a tecer de uma outra maneira, já que as experiências passadas nos deram a possibilidade de aprendermos sobre sentimentos de perda, medo, angústia, mas também de alegria, amor e felicidade! Devemos aceitar que a vida se renova a cada instante, a cada minuto, a cada hora, a cada dia... E a isso podemos chamar de recomeço e o passado só deve interferir como um aprendizado!
A todos aqueles que nesse momento sofrem por tantas perdas irreparáveis, gostaria de manifestar minha solidariedade, acreditando que essa adversidade será superada e que só o tempo poderá cicatrizar as feridas desse sofrimento que parece consumir a alma, o coração e a esperança de cada um... Sonhos foram desfeitos, interrompidos... mas com certeza, a Força Divina que opera em nossa vida será o apoio fundamental para todos, inclusive para nós que participamos indiretamente dessa agonia tão intensa e que poderia ser também a nossa!
Um comentário:
Minha revolta também é muito grande. No dia 17, às 13:00 precisamos participar do "minuto de silêncio" pelas vítimas dessa fatalidade!
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