domingo, 26 de agosto de 2007

REFLETINDO SOBRE O FUTURO...

Conversando outro dia com um amigo meu, jornalista, começamos a questionar sobre assuntos relacionados ao comportamento das pessoas diante das perspectivas pouco animadoras no que se refere à preservação do nosso planeta. Durante todo o tempo, desde que abrimos nossos olhos ao acordar até o momento em que os fechamos ao deitar, somos alertados através de diferentes veículos de informação, sobre a necessidade premente de tomarmos atitudes ecologicamente corretas em termos de minimizar os efeitos causados pela emissão de gases que prejudicam a camada de ozônio, pelos acúmulos de lixo eletrônico, pela destruição de florestas, pelas poluições visuais, sonoras, pela poluição dos recursos hídricos, entre tantas outras modalidades de agressão ao meio ambiente.

Felizmente, já podemos observar que a “consciência ecológica” vem influenciando positivamente o comportamento de uma grande parte dos habitantes de nosso Planeta, ou seja, estamos pensando com maior preocupação sobre o direito das gerações futuras em herdar um mundo sem agressões ao meio-ambiente e com qualidade de vida plena.

É óbvio que além de desejarmos contribuir para um futuro saudável, também almejamos vivenciar um presente que nos proporcione tranqüilidade, segurança, condições mais humanas de sobrevivência e sobretudo nos permita conduzir nossa vida menos pautada no que chamamos de sistema capitalista. Contudo, estamos extremamente distantes de praticarmos ações expressivas e concretas, capazes de desacelerar o processo de destruição e desequilíbrio da natureza. Na verdade somos seres paradoxais... Apesar de sabermos o que deve ser feito, teimamos em escolher caminhos contraditórios e incoerentes. Criamos meios para melhorar nossa vida, mas desenvolvemos também os elementos e as situações que a fazem mais adversa e perigosa!

Os avanços tecnológicos são a prova disso... O lixo eletrônico por exemplo, representa um grave problema de coleta de resíduos de maior crescimento no mundo. Será que tanto fabricantes como consumidores são capazes de aceitar que os computadores e outros equipamentos eletrônicos podem ser utilizados durante um tempo maior do que os atuais? As vendas seriam prejudicadas e os consumidores ficariam descontentes pela falta de novidades... Quanto à telefonia móvel, os celulares, somos constantemente “bombardeados” pelas propagandas de milhares de modelos que provocam fascínio nas crianças, nos jovens e adultos, fazendo com que sejam trocados com uma freqüência praticamente desnecessária. Será que tantos fanáticos por esse aparelhinho pensam na quantidade de baterias que são descartadas e onde e como serão recicladas? A nível mundial, aproximadamente 11 toneladas são jogadas no lixo comum. Pilhas e baterias de celular e notebook demoram 500 anos para se decompor na natureza. Nos EUA mais de 300 milhões de equipamentos eletrônicos são jogados no lixo por ano, sendo que 60% ainda funcionam... São descartados para troca por outros mais modernos! Países ricos "exportam" sua sucata eletrônica para os países em desenvolvimento, que movimentam sua economia extraindo elementos como circuitos eletrônicos, cobre e alumínio. As placas de circuito eletrônico contém 40 vezes mais cobre do que o metal em estado bruto. Há mais ouro em uma tonelada de CPUS do que em 17 toneladas de ouro bruto.

As autoridades governamentais e principalmente os fabricantes ainda não despertaram para os problemas ocasionados pela falta de destinação adequada. Grande parte dos componentes destes aparelhos é recuperada por catadores e vendida para reutilização, mas durante o processo, pessoas e o meio ambiente ficam expostos aos perigos ocasionados pelo contato com metais como chumbo, mercúrio e outros, cujos resíduos prejudicam o corpo, solo e lençóis freáticos, causando danos ao sistema nervoso, edemas pulmonares, osteoporose e câncer, além de serem nocivos ao meio ambiente.

Acesse e saiba mais:
http://www.educacional.com.br/noticiacomentada/020503_not01.asp

Já li algumas informações sobre nanotecnologia cujo princípio básico é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos. Através dessa tecnologia foram criados os nanotubos de carbono para aplicações mecânicas e eletrônicas em escala microscópica. http://www.inovacao.unicamp.br/report/news-nanotubos.shtml . Centenas de produtos que contêm nanotubos ou nanopartículas de diferentes elementos circulam no mercado sem a devida advertência, já que praticamente não existem regulações sobre este tipo de partículas. É muito preocupante porque podem estar em contato com a nossa pele, por meio de cosméticos e bloqueadores solares; também nos campos agrícolas, como os agrotóxicos; em nossos refrigeradores, como aditivos alimentares e em nosso corpo, como veículos para a administração de medicamentos. Além disso, estão presentes em peças de vestuário (roupas que não mancham), artigos de cozinha feitos de teflon, revestimento de fornos, filtros de máquinas de lavar, telefones celulares e outros. Os nanotubos de carbono com suas infinitas propriedades podem representar um perigo ainda ignorado para a saúde das pessoas e do meio ambiente.

Leia mais em :
http://www.imediata.com/biodiv/silviaribeiro_problenano.html

A modernidade nos trouxe conforto, mas também a possibilidade de prejudicarmos gravemente a nossa saúde, destruirmos os recursos naturais do planeta e como conseqüência comprometermos a nossa qualidade de vida! Infelizmente, muitas conquistas tecnológicas podem transformar esperanças em terríveis pesadelos.

Outros links pertinentes:
http://www.patrulhaecologica.org.br/reciclagemcoletaseletiva.htm
http://www.institutogea.org.br/8a.htm
http://www.recicloteca.org.br/ARTE.ASP

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