Discutir sobre censura envolve certa complexidade. Uma pergunta que polemiza qualquer resposta: “O que diferencia a censura manifestada por um cidadão comum daquela expressa por um juiz?” Na verdade, o que uma pessoa pode considerar natural, pode para outra, ser entendido como absurdo ou equivocado. Como chegar então ao admissível sem causar controvérsias muitas vezes desnecessárias? É evidentemente impossível!
Qual é a mais íntegra; a censura abalizada em normas legais ou a censura baseada na retidão, na equidade de princípios éticos e morais que nos foram transmitidos por ascendentes e através de pessoas que admiramos? Neste caso, somos influenciados e moldamos nossos julgamentos, nos deparando com a autocensura que de alguma forma intervém na afirmação de uma crítica ou desaprovação.
Quando ousamos apostilar sobre a censura em nosso País, resvalamos sempre na hipocrisia e na falta de coerência de opiniões. A nossa capacidade de avaliar as próprias atitudes na maioria das vêzes torna-se tímida e pouco perceptiva, ao passo que julgar o comportamento alheio pode evidenciar o nosso lado cáustico e nada tolerante.