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domingo, 20 de fevereiro de 2011

A NOSSA GRANDE CRISE

 
Gostamos de ressaltar que o nosso País passou pela crise financeira internacional sem grandes sobressaltos. Os noticiários repetem frequentemente que a renda do cidadão brasileiro aumentou e consequentemente o poder de compra revela um consumismo desenfreado. Os brasileiros estão mais informados, mais viajados, integrados e participativos em relação a vários assuntos.
 
Mas, infelizmente, estamos vivenciando uma grande crise que nos parece impossível superar: a do total desprezo aos valores sociais, éticos e morais. As atitudes de descaso e desrespeito para com o próximo são evidentes. As pessoas se tornaram mais individualistas e o senso crítico parece estar relativamente voltado aos outros e não a si próprio. Analisamos e criticamos tudo o que nos incomoda nas outras pessoas mas não percebemos o que em nosso comportamento cotidiano aborrece ou prejudica àqueles que nos rodeiam.

Os jovens perderam o respeito aos princípios de boa convivência com a família e até mesmo com outros jovens; os idosos acreditam que tendo vivido tantos anos têm uma certa sabedoria e acabam relevando atitudes pouco louváveis e muitos se comportam como se fossem adolescentes desorientados. Enfim, todos nós estamos mais próximos da informação mas muito distantes da “compreensão do outro”.

Vivemos uma crise onde a intolerância, a intransigência e a truculência predominam no relacionamento humano. Nem é necessário citar a ausência de ética e os contraditórios valores morais e sociais. O que está acontecendo conosco? Por que não conseguimos compreender o outro e achamos (ou temos a certeza) de termos uma percepção plena de nós mesmos? Por que tantos de nós tenta agir de forma ponderada e respeitosa mas se aflige interiormente travando diálogos íntimos angustiantes, considerando aquele que fingimos entender como um ser complicado, difícil de aceitar? Por que lidamos tão mal com as diferenças?

quarta-feira, 9 de julho de 2008

DIAS DE FÚRIA

Na verdade, comecei a escrever este texto no início de abril passado... Nem sei explicar porque parei no segundo parágrafo, talvez aquela frase “DIAS DE FÚRIA” além de me incomodar parecia ser reveladora de acontecimentos tristes e inevitáveis e ainda pior... recorrentes! Hoje, dia 09 de julho, resolvi continuar a escrever e terminar.

Quem não se lembra do filme "UM DIA DE FÚRIA", protagonizado pelo ator Michael Douglas? A história mostrava o comportamento de um homem irritado, tenso, com problemas pessoais e familiares e que não suportando ficar preso no enorme engarrafamento numa avenida de Los Angeles (EUA), abandona o carro no meio do trânsito e sai caminhando, manifestando toda a sua tensão e revolta em situações inusitadas até chegar à festa de aniversário de sua filha que não via há meses devido ao divorcio. Um personagem anônimo, aparentemente inofensivo, com problemas comuns mas que atingem proporções desmedidas quando somados a uma situação de stress num trânsito caótico...

Temos assistido a desfechos trágicos nas discussões causadas pela impaciência e intolerância diante das estressantes jornadas da casa para o trabalho e vice versa. Já percebemos de forma contundente que a tecnologia e o progresso também trazem prejuízos ambientais, financeiros e emocionais, interferindo na qualidade de vida de todos nós. Esbravejamos, reclamamos, discutimos veementemente prováveis soluções e concluímos que qualquer proposta parece ser nitidamente ineficaz e assim continuamos a nos sentir impotentes. Não nos esqueçamos que o caos também se fundamenta no comportamento das pessoas que parecem cada vez mais dispostas a se tornarem incompetentes sociais... A comunicação interpessoal envolve componentes verbais (o volume e a entonação da voz, a clareza da pronúncia) e componentes não verbais (a expressão facial, os gestos, a postura, o contato físico, a aparência pessoal). Desaprendemos a comunicação assertiva para uma convivência sadia e não devemos buscar desculpas para mergulharmos definitivamente neste descontrole coletivo.

A competência social descreve uma relação saudável e construtiva envolvendo a defesa do “eu” sem agredir a do “outro”. Esta assertividade revela uma expressão de interesses, opiniões e sentimentos, sem ansiedade excessiva, estabelecendo uma comunicação equilibrada e madura. Duas ou mais pessoas em discordância podem comunicar-se de forma assertiva desde que, mesmo mantendo a sua posição respeite os argumentos do outro.
Precisamos urgentemente mudar nosso comportamento para que os DIAS DE FÚRIA sejam apenas temas de ficção... Impossível? Para saber, necessitamos avaliar o grau em que chegou a nossa incompetência social e rever os nossos conceitos.